quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Livro: eu te lendo de Lygia Bojunga
"LIVRO - eu te lendo" (Lygia Bojunga) 2ª leitura compartilhada
Eu tive seis casos.
Casos de amor, eu quero dizer.
E, pra mim, um caso de amor é coisa de envolvimento muito intenso.
Eu namorei bastante; flertei à beça; experimentei casamen¬to; mas casos mesmo foram seis. (E o bom é que eu não estou livre de outro ... )
Outra coisa boa: eu sempre falei neles todos com muito entusiasmo, e me sentindo muito à vontade. Feito eu queria fa¬lar hoje aqui. Quer dizer, todos não: teve um que eu acabei escondendo. E mesmo hoje, que eu vou falar nele, eu vou contar o milagre mas não vou dar o nome do santo.
Eu tinha sete anos quando ganhei de presente um livro do Monteiro Lobato chamado Reinações de Narizinho. Um livro grosso assim. Só de olhar pra ele eu me senti exausta. Dei um dos muito obrigada mais sem convicção da minha vida, sumi com o livro num canto do armário, e voltei pras minhas histórias em quadrinho.
Eu estava superfresquinha de recém ter aprendido a ler, e andava às voltas com história em quadrinho. Era um pessoal legal, eu gostava deles, mas, sei lá! era uma gente tão diferente da gente. Eles moravam nuns lugares que eu nunca tinha ouvido falar; eles tinham cada nome tão estranho (às vezes até acabando com h!), como é? como é mesmo que se diz esse Flash? Fla¬chi? Flachi Gordon? E se eu contava, por exemplo, eu hoje li que o Mandrake perdeu a cartola, tinha sempre alguém por per¬to aprendendo inglês pra querer mostrar que sabia mais que eu: não é assim que se diz, sua boba, é Mandreike.
Mandreike??
Comecei a achar que aquela história de ler não era uma coisa descomplicada feito descascar uma laranja, pular uma amarelinha, cantar junto a música que tocava no rádio.
E se em vez de ler, liam pra mim, aí mesmo é que a coisa não se descomplicava: o meu pai e a minha mãe liam história pra mim numa coleção de livrinhos pra criança que tinha lá em casa, tudo impresso em Portugal, e cheio de infantas, estalagens, es¬copetas, arcabuzes, abadessas rezando vésperas, raparigas na roca a fiar ...
O quê? Como é?
Lê de novo? Que que é isso?
E quando diziam, é português, não é, minha filha? eu acha¬va tão esquisito! mas não é a língua da gente?
Era.
Bom, mas então esse negócio de ler era um troço bem cha¬to, não era não?
E aí o meu tio, que tinha me dado Reinações de Narizinho (e que era um tio que eu adorava), chegou lá em casa e quis saber, então? gostou do livro? Eu fiz uma cara meio vaga.
Passados uns tempos ele me cobrou outra vez, como é? já leu? Não tinha outro jeito: tirei o livro do armário, tirei a poeira do livro, tirei a coragem não sei de onde, e comecei a ler: "Nu¬ma casinha branca, lá no sítio do Picapau Amarelo ... " E quando cheguei no fim do livro eu comecei tudo de novo, numa casinha branca lá no sítio do Picapau Amarelo, e fui indo toda a vida outra vez, voltando atrás num capítulo, revisitando outro, lendo de trás pra frente, e aquela gente toda do sítio do Picapau Ama¬relo começou a virar a minha gente. Muito especialmente uma boneca de pano chamada Emília, que fazia e dizia tudo que vi¬nha na cabeça dela. A Emília me deslumbrava! nossa, como é que ela teve coragem de dizer isso? ah, eu vou fazer isso também!
Mas longe de imaginar que eu estava vivendo o meu primei¬ro caso de amor.
Lá em casa eles me viam tão entregue a esse livro, tão quie¬tinha num canto, só eu e o livro, que eles me deram, correndo, uma porção de Lobatos. Eu li; eu experimentei eles todos; eu curti. Mas Reinações de Narizinho tinha me dado um prazer tão intenso, que era pra ele que eu voltava sempre ao longo da mi¬nha infância. Esse livro sacudiu a minha imaginação. E ela tinha acordado. Agora ... ela queria imaginar.
Esse acordar da imaginação começou a mudar tudo. De re¬pente, já não me bastava cantar junto a música que tocava no rádio só repetindo as palavras e mais nada. Eu me lembro de uma música que eu cantava sempre, e que falava numa tal Maria abrindo a janela numa manhã de sol e laralalá não sei o quê, mas que, agora, eu cantava querendo imaginar a janela: era verde? tinha veneziana? E a Maria como é que era? ela era gor¬da, ela era magra, ela tinha uma franja assim feito eu?
Na hora de pular amarelinha, a pedra que eu ia jogar já ficava no ar; a minha imaginação imaginando: e se em vez de jogar a pedra assim, eu jogo ela assim?
Mas o que a minha imaginação queria mesmo era voltar pr'aquele mundo encantado que o Lobato tinha criado, e ficar imaginando o tamanho e a cor da pedrinha que a Emília tinha engolido (e que não era pedrinha coisa nenhuma, era uma pílula falante); e ficar imaginando que jeito eu ia dar pra me encontrar com a Dona Aranha costureira, que tinha feito o vestido de casamento da Narizinho, e pedir pra, na hora do meu casamento, ela fazer o meu vestido também.
Imaginando. Imaginando. Mas tão longe de imaginar o que que é imaginar.
Eu não parei mais de ler.
Casos de amor, eu quero dizer.
E, pra mim, um caso de amor é coisa de envolvimento muito intenso.
Eu namorei bastante; flertei à beça; experimentei casamen¬to; mas casos mesmo foram seis. (E o bom é que eu não estou livre de outro ... )
Outra coisa boa: eu sempre falei neles todos com muito entusiasmo, e me sentindo muito à vontade. Feito eu queria fa¬lar hoje aqui. Quer dizer, todos não: teve um que eu acabei escondendo. E mesmo hoje, que eu vou falar nele, eu vou contar o milagre mas não vou dar o nome do santo.
Eu tinha sete anos quando ganhei de presente um livro do Monteiro Lobato chamado Reinações de Narizinho. Um livro grosso assim. Só de olhar pra ele eu me senti exausta. Dei um dos muito obrigada mais sem convicção da minha vida, sumi com o livro num canto do armário, e voltei pras minhas histórias em quadrinho.
Eu estava superfresquinha de recém ter aprendido a ler, e andava às voltas com história em quadrinho. Era um pessoal legal, eu gostava deles, mas, sei lá! era uma gente tão diferente da gente. Eles moravam nuns lugares que eu nunca tinha ouvido falar; eles tinham cada nome tão estranho (às vezes até acabando com h!), como é? como é mesmo que se diz esse Flash? Fla¬chi? Flachi Gordon? E se eu contava, por exemplo, eu hoje li que o Mandrake perdeu a cartola, tinha sempre alguém por per¬to aprendendo inglês pra querer mostrar que sabia mais que eu: não é assim que se diz, sua boba, é Mandreike.
Mandreike??
Comecei a achar que aquela história de ler não era uma coisa descomplicada feito descascar uma laranja, pular uma amarelinha, cantar junto a música que tocava no rádio.
E se em vez de ler, liam pra mim, aí mesmo é que a coisa não se descomplicava: o meu pai e a minha mãe liam história pra mim numa coleção de livrinhos pra criança que tinha lá em casa, tudo impresso em Portugal, e cheio de infantas, estalagens, es¬copetas, arcabuzes, abadessas rezando vésperas, raparigas na roca a fiar ...
O quê? Como é?
Lê de novo? Que que é isso?
E quando diziam, é português, não é, minha filha? eu acha¬va tão esquisito! mas não é a língua da gente?
Era.
Bom, mas então esse negócio de ler era um troço bem cha¬to, não era não?
E aí o meu tio, que tinha me dado Reinações de Narizinho (e que era um tio que eu adorava), chegou lá em casa e quis saber, então? gostou do livro? Eu fiz uma cara meio vaga.
Passados uns tempos ele me cobrou outra vez, como é? já leu? Não tinha outro jeito: tirei o livro do armário, tirei a poeira do livro, tirei a coragem não sei de onde, e comecei a ler: "Nu¬ma casinha branca, lá no sítio do Picapau Amarelo ... " E quando cheguei no fim do livro eu comecei tudo de novo, numa casinha branca lá no sítio do Picapau Amarelo, e fui indo toda a vida outra vez, voltando atrás num capítulo, revisitando outro, lendo de trás pra frente, e aquela gente toda do sítio do Picapau Ama¬relo começou a virar a minha gente. Muito especialmente uma boneca de pano chamada Emília, que fazia e dizia tudo que vi¬nha na cabeça dela. A Emília me deslumbrava! nossa, como é que ela teve coragem de dizer isso? ah, eu vou fazer isso também!
Mas longe de imaginar que eu estava vivendo o meu primei¬ro caso de amor.
Lá em casa eles me viam tão entregue a esse livro, tão quie¬tinha num canto, só eu e o livro, que eles me deram, correndo, uma porção de Lobatos. Eu li; eu experimentei eles todos; eu curti. Mas Reinações de Narizinho tinha me dado um prazer tão intenso, que era pra ele que eu voltava sempre ao longo da mi¬nha infância. Esse livro sacudiu a minha imaginação. E ela tinha acordado. Agora ... ela queria imaginar.
Esse acordar da imaginação começou a mudar tudo. De re¬pente, já não me bastava cantar junto a música que tocava no rádio só repetindo as palavras e mais nada. Eu me lembro de uma música que eu cantava sempre, e que falava numa tal Maria abrindo a janela numa manhã de sol e laralalá não sei o quê, mas que, agora, eu cantava querendo imaginar a janela: era verde? tinha veneziana? E a Maria como é que era? ela era gor¬da, ela era magra, ela tinha uma franja assim feito eu?
Na hora de pular amarelinha, a pedra que eu ia jogar já ficava no ar; a minha imaginação imaginando: e se em vez de jogar a pedra assim, eu jogo ela assim?
Mas o que a minha imaginação queria mesmo era voltar pr'aquele mundo encantado que o Lobato tinha criado, e ficar imaginando o tamanho e a cor da pedrinha que a Emília tinha engolido (e que não era pedrinha coisa nenhuma, era uma pílula falante); e ficar imaginando que jeito eu ia dar pra me encontrar com a Dona Aranha costureira, que tinha feito o vestido de casamento da Narizinho, e pedir pra, na hora do meu casamento, ela fazer o meu vestido também.
Imaginando. Imaginando. Mas tão longe de imaginar o que que é imaginar.
Eu não parei mais de ler.
Felicidade Clandestina- texto 1 - nivel 4
Felicidade clandestina - Clarice Lispector
Clarice Lispector
O Primeiro Beijo
São Paulo, Ed. Ática, 1996
São Paulo, Ed. Ática, 1996
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Criar histórias
Vamos criar histórias?
http://olhardigital.uol.com.br/video/storify_para_criar_historias_com_o_conteudo_das_redes_sociais/17246
Storify: para criar histórias com o conteúdo das redes sociais
http://olhardigital.uol.com.br/video/storify_para_criar_historias_com_o_conteudo_das_redes_sociais/17246
Storify: para criar histórias com o conteúdo das redes sociais
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
O que são Minicontos?
Desafio da Leitura ( Projeto Instituto Ayrton Senna )
" Vende-se um par de sapatos de bebê." Nunca usados."
Sem tempo a perder
Nível 3 Pesquisando o que são minicontos:
Dez dicas para escrever minicontos
1. Miniconto é um conto pequeno, portanto deve ter as características do
conto: narratividade, ou seja, narrador, personagens, espaço e tempo. Efeito.
Intensidade. Tensão.
2. Isso tudo em um número limitado de caracteres. Muitos autores chamam
de minicontos aqueles com até 200 caracteres, microcontos com até 150
caracteres e nanocontos com até 50 caracteres.
3. Caracter é qualquer letra, sinal de pontuação ou espaço em branco. O
título não entra na contagem. 4. Os minicontos são ficção e têm como objetivo
envolver o leitor no enredo.
5. Use um bom título, ele é uma isca para seu leitor.
6. Pode ter humor, mas não é uma piada.
7. O subtexto é o melhor do miniconto, é o que não está dito, aquilo que
cabe ao leitor descobrir, imaginar.
8. Quanto mais leituras possíveis, melhor o miniconto.
9. Qualquer assunto pode ser inspiração para um bom miniconto: contos
maiores, notícias de jornal, a observação da própria vida. Mas sobretudo a
leitura, o conhecimento.
10. Para finalizar, faça tudo diferente, tente,
invente, o miniconto é também a síntese da criatividade.
Exemplos de minicontos:
"A
velha insônia tossiu três da manhã. " Dalton Trevisan
"Caiu
da escada e foi para o andar de cima. " AdrienneMyrtes
"Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás." Cíntia
Moscovich
“Sem crédito no vale-teletransporte, esperou pela
recarga em planeta inóspito.” (Alexandre Rosas)
“Olha, Pai, eu tentei, mas acho que não deu muito certo
não…” (Antônio Prata)
“Um homem, em Monte Carlo, vai ao cassino, ganha um
milhão, volta para casa, se suicida.” (Anton Tchekhov)
“Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.” (Augusto Monterroso)
“70 anos, algumas
lágrimas, orelhas peludas.” (Bill Querengesser)
“O suicida era tão meticuloso que teve que refazer
diversas vezes o nó da corda para se enforcar.” (Carlos Seabra)
“Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.” (Cíntia Moscovich)
“Quase uma vítima da minha família.” (Chuck Sangster)
“A velha insônia tossiu três da manhã.” (Dalton Trevisan)
“Conheceu a esposa em sua festa de despedida.” (Eddie Matz)
“Vestiu os artefatos, beijou o filho com ternura e saiu
pro último trabalho sobre a Terra.” (Edival Lourenço)
“Vende-se: sapatinhos de bebê nunca usados.” (Ernest Hemingway)
“Uma gaiola saiu à procura de um pássaro.” (Franz Kafka)
“2 de agosto: a
Alemanha declarou guerra à Rússia. Natação à tarde.” (Franz Kafka)
“Nascido no deserto, ainda com sede.” (GeorgeneNunn)
“Então você acredita em mim de qualquer maneira?” (James Frey)
“O homem estava invisível, mas ninguém percebeu.” (José María Merino)
“A mulher que amei se transformou em fantasma. Eu sou o
lugar das aparições.” (Juan José Arreola)
“Eu escolhi paixão. Agora sou pobre.” (Kathleen E. Whitlock)
“Fui me confessar ao mar. O que ele disse? Nada.”
(Lygia Fagundes Telles)
(Lygia Fagundes Telles)
“Se Eu não acreditar em Mim, quem vai acreditar?”(Marcelino Freire)
“Morreu” (Marcelo Rota)
“Escrever sobre sexo, aprender sobre o amor.” (Martha Garvey)
“Sem futuro, sem
passado. Nada perdeu.” (Matt Brensilver)
“Pegou o chapéu, embrulhou o sol, então nunca mais
amanheceu.” (MenaltonBraff)
“Ouvi um barulho no portão, fui ver era a Lua nova.” (Nei Duclós)
“Assistindo calmamente de cada moldura da porta.” (Nicole Resseguie)
“Alzheimer:
conhecer novas pessoas todos os dias.” (Phil Skversky)
“Eu perguntei. Eles responderam. Eu escrevi.” (Sebastian
Junger)
“Eu ainda faço café para dois.” (Zak Nelson)
ADEUS Então disse: – Viver era
isso? E fechou lentamente os olhos. (In FREIRE, 2004, p. 68)
Acabou! Deu enter para
enviar o email quando a conexão voltasse, bateu a porta e saiu para
embebedar-se. Na terceira cerveja arrependeu-se. Correu para casa, mas perdera
a chave. A mensagem não poderia ser entregue! Tomou o barco e atirou-se no mar
do desespero até romper o cabo submarino.
Sem tempo a perder
Teve um dia que chegou a pensar em brigar com ele, mas estava
tão ocupada amando-o que desistiu. Não havia tempo a perder.
Lar, nem tão doce lar Jovem vive em galeria subterrânea no RS -
O tamanho de sua liberdade era mínimo e sufocante. Sua solidão só não era completa porque ratos e baratas compartilhavam sua toca. Por isso não temia a morte: até um caixão seria mais confortável.
Tiros para todo lado -
A Fuga da Palestina foi num navio cargueiro. O destino foi o país da alegria e da paz: Brasil. O que encontrou foi outra guerra de irmãos. Olhava de novo o mar e questionava-se onde ir quando uma bala perdida lhe indicou o caminho.
A morte quer férias-
Cansei, quero férias! - gritou a morte depois de mais um fim de semana. E completou:- Trabalhei no Iraque há anos! Resolvi vir para um pais lindo, sem guerras, trópico, praia, carnaval, mas aqui estou sendo explorada! Trinta e cinco mil mortos no trânsito por ano nem eu aguento!
Outono
As pequenas folhas secas aproveitam o vento a voar como borboletas.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Semana de Artes Mabreu.
Semana de Artes Mabreu.
Mostra de Filosofia da Prof. Elza Feliciano com as turmas do
1º ano do ensino Médio.
Utilizou a biblioteca como fonte de pesquisa e apoio, a
coruja como símbolo da filosofia, oficina de origami com a prof. Laura do
cefet.
A mostra se encontra no pátio do colégio Mabreu para que
todas as turmas possam observar e apreender.
Parabéns a prof. Elza e seu alunos pelo belo trabalho e a prof. Laura por disponibilizar
o seu tempo para que nossos alunos possam se aperfeiçoar.
Educação se faz assim.
livros doados
As alunas: Camilla Duarte (T. 1001) e Lara R. ( T.2001 ) doaram a biblioteca "Pequeno Príncipe" um total de 10 livros. Obrigada meninas, faremos bom uso deles.
As agentes de leitura: Carla, Mª Clara e Ana Claudia tbm fizeram doações de livros.
As agentes de leitura: Carla, Mª Clara e Ana Claudia tbm fizeram doações de livros.
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